Curiosamente, foi nas naus e caravelas portuguesas que se descobriu, por acaso, a primeira técnica de envelhecimento de vinhos. Usadas como lastro, as barricas que guardavam a bebida passavam meses a fio, às vezes anos, nos porões das embarcações, expostas ao calor e à umidade. Quando abertas, as barricas, então muito valiosas, revelaram vinhos de gosto diferenciado e apreciadíssimos, conhecidos como “de roda” ou “torna viagem”.Em 1703, com a assinatura do tratado comercial de Methwen, entre Inglaterra e Portugal, que determinava a redução dos impostos para exportação, a venda de vinhos portugueses ganhou impulso ainda maior.
O preço do produto subiu muito no mercado e isso atiçou a ganância dos produtores, que passaram a se preocupar mais com quantidade do que com qualidade. Para que a fama do produto português não ficasse abalada, o Marquês de Pombal fundou em 1756 a Companhia Geral da Agricultura da Vinhas do Alto Douro Real Companhia Velha, que tinha como objetivo disciplinar a produção e o comércio dos vinhos da região. A iniciativa foi pioneira. Pombal criou a primeira região vitivinícola oficialmente demarcada do mundo.
Fato que coloca a Real Companhia Velha como a única companhia no setor de vinhos com 255 anos de existência e de atividades ininterruptas ao serviço do vinho do Porto. A solidez desta empresa por si explica a gama de produtos com preços altamente competitivos e de extrema qualidade. Os estilos de vinho do Porto são muitos, cada um deles se adéqua para cada situação e momento.
Os do tipo Tawny com indicação de idade, por exemplo, são cortes de vinhos do porto de vários anos, conservados em barris até adquirirem sabores e texturas macias e sedosas, mudam de cor que vai de um vermelhoruby profundo para o alourado. A designação da idade de dez anos e assim por diante, é a média de idade dos vinhos segundo o sabor.
Devem ser servidos frescos ao final das refeições ou acompanhados por queijos de meia cura e amêndoas. Temperatura ideal de consumo: entre 12°C e 14°C.